domingo, 19 de fevereiro de 2012

A IMPORTÂNCIA DOS RITMOS DO NORTE E DO NORDESTE NA EDUCAÇÃO


É de extrema importância a aplicação da música na educação. Pois, a música possibilita em qualquer faixa etária, que o educando evolua no domínio do seu corpo, desenvolvendo e aperfeiçoando suas probabilidades de movimentação, desvendando novos espaços, superando seus limites e possibilitando equilíbrio para arrostar desafios referentes aos aspectos sociais, afetivos, motores e cognitivos. E quando se trata do ritmo nordestino e do norte do Brasil, essa nuance expressa possibilidades riquíssimas de se trabalhar a expressão da cultura desse povo que muito contribui para a riqueza cultural do nosso país.Para tal segue algumas sugestões de aulas dos ritmos abordados em nosso blog como: frevo, forró, embolada, maracatu e coco.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

EMBOLADA O EMBALO LITORÃNEO DO NORDESTE

A embolada é um gênero musical que ocorre em outras danças, como o coco, como o desafio e que também pode ser cantado independente.
Esse gênero é caracterizado por uma melodia mais ou menos declamatória, em valores rápidos e seguimentos curtos. O texto é geralmente cômico, satírico ou descritivo e frequentemente cheio de aliterações e onomatopéias, de dicção complicada, agravada pela rapidez do movimento musical.
A embolada é originária do Nordeste brasileiro, mais frequente na zona litorânea e mais rara na sertaneja.
Para Euclides Formiga, o metro é "setissilábico, a redondilha maior". Já para Câmara Cascudo, a embolada tem como característica o refrão e a estrofe de seis versos. Já para Leonardo Mota, seria um martelo, com estrofe de dez versos com cinco sílabas. Nas feiras nordestinas uma das principais atrações é o encontro de dois emboladores, empunhando o pandeiro ou o ganzá, um instrumento de flandre, cheio de caroços de chumbo.
Entre os principais emboladores, destaca-se a figura do alagoano Tira-Teima. Com o advento do rádio e especialmente a partir da invasão da música nordestina nos anos 40, destacaram-se diversos artistas cultores do gênero. Um dos principais nomes do gênero foi o pernambucano Manezinho Araújo, que fez grande sucesso nos anos 40 e 50 com suas emboladas, com destaque para "Veja como o coco é bom", "As metraia dos navá", "Quando a rima me fartá" e "Cuma é o nome dele", entre outras composições. Mais recentemente destacaram-se na embolada as duplas Cajú e Castanha e Terezinha e Lindalva, essa última apresentando-se no Rio de Janeiro, principalmente no Largo da Carioca.



REFERÊNCIAS:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MARACATU UM DOS RITMOS QUENTES DE PERNAMBUCO



O termo Maracatu designava uma reunião de homens e mulheres negros ou mulatos barulhentos e era utilizado como termo pejorativo. Serviu também para denominar uma reunião de escravos que era realizada no carnaval, a qual permitia que eles se reunissem em público e ali vivenciar as suas tradições e religiões. Era também nesse evento que os escravos coroavam simbolicamente o rei e a rainha do grupo. Nesse acontecimento, além de se vestirem de branco, estilo barroco, roupas essas que tinham sido descartadas pelas portuguesas, eles também utilizavam uma boneca chamada calunga para homenagear as rainhas mortas. As bonecas calungas têm uma vertente religiosa e é obrigada a exibição nas portas das igrejas e as visitas a um terreiro é uma homenagem aos orixás.  O maracatu segundo alguns historiadores vem desde século XVII, e até os dias de hoje ele é executado mais ou menos da mesma foram. Os instrumentos utilizados são: gonguê, as caixas, tambores, os ganzás  e outros. O mestre de toadas puxa os cantos, e o coro responde. O resto do grupo canta principalmente as baianas.
A maioria dos Maracatus traz no seu cortejo meninos lanceiros. Outros trazem a figura do caboclo de pena, uma representação do indígena brasileiro, esses apresentam uma coreografia mais trabalhada e emitem sons imitando pássaros selvagens e estalos do arco e flecha. Essa coreografia é diferencia o Maracatu das danças dramáticas e das danças afros, pois a mesma tem uma semelhança com as danças do candomblé baiano.
O Maracatu  é um ritmo tradicional do nordeste do Brasil, especificamente nas cidades de Olinda e Recife é oriundo da África. É também como a maioria das manifestações populares do Brasil, uma mistura das culturas europeia, indígena e africana. Os Maracatus mais antigos que se apresentam no carnaval de Recife são conhecidos também como Maracatus do Baque Virado ou Nação.
O Maracatu Baque Virado é o mais tradicional e é sinônimo de um dos toques do cortejo do maracatu. A zoada tradicional do Maracatu do Baque Virado é o primeiro a anunciar a chegada do grupo.
Tem também o Maracatu Rural , que com a crise mundial antes da II Guerra Mundial migrou para Recife. Ele é originário da fusão de algumas festas do interior de Pernambuco. Esse diferencial é o que nos faz crer que essa modalidade de Maracatu não tem nada a ver com a instituição mestra do Rei do Congo. O Maracatu Rural é mais recente e usa como instrumento o gonguê , a cuíca, o surdo, zabumba, saxofone, corneta e trombone, e tem um coro feminino.
O Maracatu inicialmente era formado com teatro, música e dança, mas atualmente a parte teatral foi eliminada.
Assim, como no carnaval de Salvador, na Bahia, que os trios elétricos se encontram na Praça Castro Alves, o Maracatu também, tem uma cerimônia na noite de segunda-feira de carnaval, que é conhecida com “Noite dos tambores silenciosos” onde grupos de Maracatu se encontram no pátio da Igreja do Terço em Recife, e a meia- noite os tambores silenciam e cantos reverenciam a rainha dos negros e escravos.

VER TAMBÉM


REFERÊNCIAS